sábado, 17 de julho de 2010
Crescer antes do tempo, viver fora do tempo
Lá estava o seu Jaime, franzino, encolhido e meio tapado pela saia da irmã que durante três longos meses substituíra a mãe.
-Mãe! Gritou Lurdes meio mulher meio criança. A aparição da mãe acabava com um fardo demasiado pesado para os seus jovens ombros.
A vida desta gente não fugia à regra dos demais da região.
Almas humildes, ricas em cega fé mas materialmente pobres ou talvez remediados. Um dos sinais de riqueza media-se pelo número de pés que numa família tinha bons sapatos a estrear. A penúria só permitia aos filhos de Ermelinda que usassem tairocas de madeira que no inverno escorregavam pesadas, na neve Beirã.
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